sábado, 17 de novembro de 2012

my echoes
round around me
make me fall
arranjade

me could be war
but is own outer
and the next
want to discover
publico aqui os tempos
sem companhia
esperando que o tempo seja generoso
e me de a oportunidade
de revisita-los


amanha é cedo agora
pra chegar e saber
o que eu sabia
ontem.

confessions

o meu sangue é massivo
coletado como grama, como oleo
e poucos o fazem sangrar.

tudo nada é quase o mesmo
meu deus, por tanto eu quase dei
minha alma
e tanta significada um suspiro
fora do tempo.

eu quero o mesmo que contigo
algo muito sólido como um infarto
antes de dormir
ou durante um drink
que quase os dois são o descanso
que precisamos.

me de um pouco de ti
quando me encontrar pegue a minha mao
e me convide, em silencio., com os olhos
pra passear

eu juro que aceito.

sábado, 21 de julho de 2012

por algo
eu suo feito um bicho
com o perdao da palavra
e sei que buda e cristo
estao num dialogo
quiça arriscado
por meridianos

eu quero
por algo
que tudo se resolva
e absolva de si
qualquer memoria programa
por que blade runner e massa
e os replicantes sao uns coitados
com os dias contados
se vendendo por uma eternidade.

amor, eu sei na medida do lapso
e hard bop me faz vomitar
enquanto ler as paredes de caiero
brincam de branco comigo
enquando dou um golpe

a identidade eh quase uma saudade.
honesto.

domingo, 3 de junho de 2012

quero que amanheça todos os sois do universo
e que cada manha me cante sua cançao de jubilo e trombetas
como um carinho descansado de si.
quero que o amor seja calor e luz
que haja espaço para a luz povoar
que a escuridao se ocorra como uma espera
onde todos os raios vao pousar.
Vidare, a noite te possui e possuis a noite, esta simbiose de estrelas distantes traz a luz pra perto do teu coraçao, tao perto que te tocas, em luz.
Vidare, doeu tanto em ti quanto em mim, sabe guardar tantos assim, nesse martelo e como saber de destinos mesmo quando destinos nao se alcançam.
Vidare, tuas vestes sao estas que vejo, que as cores estejam em teus olhos, o brilho da tua voz seja um pensamento tao absoluto que se abstraia de si, Vidare, saiba em unissono.
Vidare, eu te amo, e esse amor que tanto procurei tem os frutos da satisfaçao, da dor, do prazer em encontar um espelho inutil, e ver que o reflexo do espelho eh inutl.
Vidare, minhas palavras talvez sejam rudes, mas tua trança é sedosa e guarda todos os nos que puder guardar, e amo tambem tuas tranças.

sábado, 2 de junho de 2012

Sin estava só e entao estava só como se nunca encontrasse uma esquina ampla o suficiente para afogar curvas e estreitos num so folego de mancha e passo largo de fundiçao. eu queria muito que Sin encontrasse Leo, Diego, Rosa, Barbara, mas quem diria que mesmo ao lado de tantos nos, tantos nos que decifram quinas de mesa nao encontrariam Sin. Sin, eu te amo, e espero me esquecer em ti, me encontrar contigo ao mesmo tempo que tudo diga sim, Sim, Sin.
Sin estava no ponto, e sabia se sabia ou se era, e criava circulos para cercar o que importava, a place to the lord returns, de tunica ou peruca, o que importa é certo, como muito nao se sabe, como pouco se alcanca. Sim , Sin, eu te amo.
quero que meu jazz seja nosso
que esteja aqui e ali
beba cerveja gelada
respire fundo
e sopre um sax.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

meu coração clama
por um silencio antigo
que sou antes de saber-me
criaçao da palavra.

sábado, 21 de abril de 2012

asas do oeste
teu por do sol claro
chamusca a sombra
com um carinho de fogo.

as tuas rotas
encontram um mar,
cheio de incertezas,
e no mar pousam um sono.

me virei em tua direção
e chegaste aos meus  olhos
como um bronze na pele
uma faísca nos cabelos
que se penteiam assim
como um movimento
pressentido e preciso.

necessário e cada parte de tuas horas
e a parte que cabe agora
é uma tarde.

sábado, 14 de abril de 2012

desde mil novecentos e quarenta e cinco
minha cabeça carrega dez mil megatons
e minha carne carboniza, sem que eu reconheça o cheiro
in front um cogumelo de fumaça
e ions.
eu não sabia do meu corpo até então
eu não tinha sexo, nem homem, nem mulher
e a atmosfera era forçada a ser
uma coisa qualquer que consumia.
um pesadelo instantâneo tomou forma
e até hoje eu trago, como se soubessem antes,
dez mil megatons na minha cabeça.
eu sei que os estados sabiam antes
que o estados programaram
uma coisa enormemente qualquer
e então eu cheguei ali, de surpresa
e tomei algo que não era meu
nem era pra mim.
desde mil novecentos e quarenta e cinco
mesmo que eu não tivesse nascido
eu carrego dez mil megatons na minha cabeça.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

basta dizer amor
que algo se revela.
por que assim tudo foi criado
e será sempre criado
para todo o sempre.

um silencio morando entre dentes
e aquele sopro que escapa
entregará para sempre
o viver ao viver.

a si, cabe isto, amar
de todo jeito que diferente
quando mais não couber
amar mesmo se parecer
indiferente
que a máscara traga comprensão
de toda parte
pedaço por pedaço
de face.

basta dizer amor
que algo se revela.

segunda-feira, 26 de março de 2012

chove alguma coisa nos ombros
cada pingo guardado lento
passageiros que são

a agua entra pelos pes e corre
perto de cada calçada
um poço largo e escuro
como um vao que acumula
em vez de esvair.

sabe a sede da terra?
é pura e nem se sabe.

quinta-feira, 1 de março de 2012

a rua me mora
Aruã é o que mesmo?
talvez algo velos para si
que pouco importa tempo
e espaço
para achar uma esquina.
bom, como havia dito
a rua mora em mim
a rua aberta, sem entraves
aquele vento doido mais rápido
que o engarrafamento
que todos são loucos
pra pegar pela mão, e voar.
as ruas abertas são pistas de pouso para passos.
as esquinas são curvas solenes e acentuadas
como um circunflexo. precisam de reflexo. e rápido
e sem marcas
como um espelho que nunca é usado para se ver
e guarda um instinto de paisagem paralela.
nos cantos dos olhos, coçam as gargantas
para cantar passagens.
passe-se viu? passe-se viu!!!!!

sábado, 7 de janeiro de 2012

desse jeito que dá vontade

da vontade de escrever uma coisa bonita
como um pedaço de pele do canto das unhas
pintadas com ligeireza
aquela gota de sangue, depois da pinça
que a gente sabe que é pra vacina
e por isso perdoa.
deus do ceu, da terra, pedaço de chão
mar
ah mar
da vontade de escrever uma coisa bonita
e esquecer num naufrágio e guardar
na memória uma ou duas linhas
com aquele orgulho de fera arranhada
por que não consegue lembrar
e acha que esquecer é suficiente.
 - estou conscio disto.
quando eu crescer, eu juro que canto
frank sinatra ou gardel
- gardel -
num carrossel acompanhado de quem quer
que seja
e vou jogar no vento todos os meus gestos
como se depois de passar por mim
meus gestos passassem com o vento pelas arvores
num imenso carinho
verde.